quinta-feira, 24 de abril de 2008

Pão, o alimento sagrado era salário no Egito Antigo

Pão Alentejano

O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Está é uma das orações (forma gramatical) da maior oração ensinada pelo próprio Deus. Só isso já bastaria para fazer deste um alimento sagrado, mas sua importância histórica vai além de estar na lista de pedidos da oração Cristã.

O pão surgiu há seis mil anos, na antiga Mesopotâmia, hoje Iraque. Sua forma era dura, seca e amarga. Sua receita era apenas a farinha de trigo misturada ao fruto do carvalho, lavada várias vezes em água fervente antes de ser assada sobre pedras quentes.

Logo depois, por acaso, alguém deixou a massa fermentar no Egito. Assim descobriram o pão mais semelhante ao que comemos hoje. Se uma massa, sem qualquer fermento, for deixada ao ar, ela irá fermentar. Em função das condições de temperatura e umidade, o tempo necessário para a fermentação natural pode variar de entre 4 a 8 horas, mas a massa acabará por fermentar.

Se antes de cozer a massa se retirar uma porção da massa fermentada, obtém-se o fermento para a próxima fornada. A esta forma de fermentação chama-se fermentação natural ou massa velha. Em Portugal ainda se produz muito pão de massa velha. O pão alentejano e muitas broas minhotas são alguns exemplos.

No Egito, o pão pagava salários; camponeses ganhavam três pães e dois cântaros de cerveja por dia de trabalho. As primeiras padarias porém surgiram em Jerusalém, quando após o contato com os egípcios os judeus aprenderam a arte do fabrico do pão e a desenvolveram em sua terra, onde logo formou-se uma rua de padeiros. Em Roma, o pão era produzido em padarias públicas e com a expansão do Império Romano o alimento ganhou a Europa e o mundo.

Hoje temos vários tipos de pães, desenvolvidos por diversas culturas. Há o pão de forma ou de casa; o pão ázimo ou matzá, o pão dos judeus; o pão francês que na verdade é brasileiro e sua versão portuguesa se chama cacetinho; o pão tradicional português, feito com azeite de oliva e ovos num formato de rosca, que pode levar calabresa no recheio; o pão de açúcar, nas mais variadas receitas, com creme, com frutas secas, com coco; o pão de batata, o pão integral e uma infinidade de receitas e variações.

O importante é que não falte o pão à mesa. "O pão nosso de cada dia nos dai hoje."

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