O poder medicinal do vinagre

O vinagre é conhecido e utilizado desde civilizações mais remotas. Os antigos romanos o usavam para purificar a água bebida antes e depois das batalhas, afim de evitar doenças.

Segundo a Bíblia, os soldados romanos levaram à boca do Cristo na cruz uma esponja embebida em vinagre. Nesse caso, o objetivo não era proteger o organismo, mas sim, corroer o aparelho digestivo, já que o vinagre potencializa a acidez estomacal. Uma pessoa em jejum não deve consumir vinagre, a não ser que vá se alimentar imediatamente. Aí é ainda mais recomendável se for dia de comer carne.

Na Europa e na Ásia consagrou-se seu uso como condimento e alimento funcional, realizando-se estudos detalhados sobre a composição dos vários tipos de vinagre e seus efeitos benéficos à saúde.

Embora as propriedades funcionais do vinagre não estejam totalmente esclarecidas, propalam-se seu efeito positivo no controle da pressão arterial e do pH do estômago para combater a gastrite, o efeito bactericida, a ação antioxidante nas células e o ataque aos radicais livres, evitando a manifestação de certos tipos de cânceres.

As propriedades funcionais são atribuídas a determinadas substâncias presentes nos vinagres tradicionais (feitos do suco de maçã e de vinho azedo).

Uma pesquisa, realizada pelo Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, revela que: os vinagres das marcas nacionais mais comuns nos supermercados brasileiros não têm semelhança alguma com os produtos tradicionais e em geral não cumprem o que está no rótulo – muitas vezes, os ditos de vinho não utilizam a bebida como matéria-prima, assim como os de maçã não advêm da fruta.

Diante disso, só nos resta preparar o vinagre em nosso próprio laboratório, a mágica cozinha caseira.

Veja no post de amanhã a receita do vinagre caseiro.

Para mais informações sobre a pesquisa feita pela Unicamp acesse o seguinte endereço: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2006/ju332pag9a.html