domingo, 24 de junho de 2007

A arte de comer carne

Porco com ervas e refogado de couve acebolado
A maioria dos brasileiros está acostumada a comer carne todos os dias. Muitas famílias acreditam que a carne é a principal peça das refeições diárias. Mas devemos ter consciência de que não é bem assim.

Quem não fica com água na boca só de pensar numa picanha na brasa com aquela capinha de gordura, ou num bifinho de filé mignon ao molho madeira, e a carne de sol bem macia, hummmm...delícia né? Mas tem que ser só de vez em quando pra não sobrecarregar o organismo.

Assim como o nosso sangue leva 10 dias para expelir as toxinas ingeridas, também vai levar de oito a dez dia para digerir a carne. A média de digestão dos outro alimentos e de 24 horas. Então recomenda-se dar ao menos o intervalo de uma semana entre uma carne e outra. Estamos falando de carne vermelha. Com as outras funciona diferente. Deve-se mastigar muito bem sempre, mas no caso das carnes muito mais já que sua digestão é lenta e rouba muita energia do organismo. Quem come muita carne vermelha tende a ficar mais agressivo e com o metabolismo mais lento.

Estrogonofe de carne com legumes
Outro problema da carne são os hormônios e o tipo de criação. Se você conhece alguém que tenha fazenda e você possa conhecer o tipo de criação, esse é o ideal para se comprar uma boa carne. Na Europa, os grandes chefes de cozinha não compram nada sem saber a procedência. Comendo diariamente uma carne que foi sobrecarregada de hormônios, esses hormônios ficam no seu organismo e podem alterar sua saúde. Inclusive desenvolvendo problemas na glândula tiróide das mulheres. Doença muito recorrente hoje em dia.

A regra é, variar! Tenha uma alimentação variada e não tem erro, é saúde na certa. O organismo precisa de renovação. A natureza nos oferece tanta variedade porque a vida precisa de variedade.

Ao comprar a carne prefira pedir a peça ao açougueiro que pegar as bandeijinhas. Não se sabe a quanto tempo elas estão ali e no caso das moídas qual parte foi cortada. Escolha a peça e solicite o corte. Escolha a carne e acompanhe o ato de moer. Quando não vemos, a carne moída é feita com sobras de vários cortes e muita gordura.


Quibe de forno, humos e pão arábe
Não se guarda carne moída crua, ela estraga rapidamente, mesmo congelada. Querendo guardar, ao menos refogue bem, sem tempero, só refogue e então congele. Daí não servirá para fazer hamburguer nem álmondegas. Para essas receitas a carne tem de estar crua ainda, fresca.

A carne de frango não é aconselhada, porque a maioria dos frangos que encontramos nos mercados são frangos de granja. É o tipo de criação mais cruel, com excesso de hormônios para que o bichinho cresça logo, com excesso de ração para que engordem muito em granjas super lotadas onde se cortam os bicos para as aves não se bicarem já que ficam nervosas nessas condições. Para carnes brancas prefiram peixe ou porco.

O porco já foi o vilão das carnes, por tantas doenças que se pegavam ao comer esta carne crua. O segredo é assar bem. A carne de porco nunca pode ser mal passada. Fazendo isso ela é inofensiva e maravilhosamente deliciosa e magra também. Depende do corte o lombo é mais gordo que a costela. É claro que torresmo e bacon são ricos em gordura, mas filé mignon não.

Os peixes são os meus favoritos, os reis da saúde. Deliciosos, leves e de grande variedade de tipos e sabores. Os ricos em Ômega 3 são: salmon, atum e sardinha.
Dourado à La Brasil


Bom apetite!!!

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