Quem assistiu ao Fantástico de ontem, a revista eletrônica semanal da rede Globo, não deve ter entendido nada sobre a tal promoção do caju pelo "garoto propaganda", o presidente da república.
A matéria mais parecia uma piada, e nem quem teve a oportunidade de provar as novas receitas, oferecidas no centro do Rio de Janeiro, pareceu entender o que estava acontecendo.
O fato é que o caju, hoje, é a cultura de maior plantação do país, perdendo apenas para a laranja. O nordeste é seu maior produtor, e justo lá onde se encontram os maiores problemas de nutrição do Brasil.
Rico em diversas vitaminas e sais minerais, complexo B, cálcio, vitamina C entre outros, tem sido mal aproveitado em seu consumo local. A idéia é inserir a cultura do consumo da fibra contida no bagaço, que normalmente é a parte descartada do fruto e que contém boa parte dos nutrientes do pedúnculo floral que normalmente confundimos com a fruta do cajueiro que na verdade é a castanha.
Bom, essa parte fibrosa pode ser usada em diversas receitas, mas as de massa, como foram mostradas no programa da TV, as pizzas e salgadinhos, levam farinha como qualquer outra receita de massa.
Ainda há muito que se descobrir sobre o uso do bagaço do pedúnculo na dieta dos nordestinos, ou de qualquer brasileiro que queria aderir a nova cultura. Mas é legitimo o movimento, visto que hoje a cajucultura emprega 300 mil nordestinos, e além de todas as suas qualidades nutricionais é uma planta genuinamente brasileira, da qual se aproveita desde a casca da árvore até o bagaço do pedúnculo.
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