segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A fraude do leite, desconfie de produtos alimentícios em promoção

Hoje em dia, uma promoção sempre atrai o consumidor nas prateleiras dos supermercados. Mas cuidado, procure saber como foi possível se chegar a essa política de preços.

Produtos alimentícios têm vida curta, na maioria das vezes. Para reduzir a perda e aumentar os lucros, os fabricantes usam diversas formas de conservação e os mercados costumam colocar em promoção os produtos que estão perto do vencimento da validade.

Dito isso, a primeira grande dica para não cair na armadilha da promoção é ver a data de validade. Compre apenas se tiver certeza que poderá consumir dentro da validade.

Outro artifício para redução de preço é a diluição do produto. Para que o produto possa ser diluído sem perder o aspecto agradável, recursos como utilização de corantes, flavorizantes, aromatizantes, entre outras químicas, são aplicados na fórmula do alimento. Como já falamos neste blog, toda essa química é prejudicial a saúde.

Nos iogurtes essas adulterações são mais visíveis. Reparem como as marcas mais baratas são mais liquefeitas e mais coloridas.

O que motivou o artigo de hoje foi o escândalo da fraude do leite. Produto muito consumido nos lares brasileiros, que da mesma forma relâmpago que teve seu preço dobrado em poucas semana apresentou queda de preço de até 50%. Essas flutuações de preço não devem passar desapercebidas. Devemos sempre pensar o porquê deste produto ter uma aumento tão grande de preço, da mesma forma que, como conseguiram chegar a essa promoção sensacional.

De acordo com a Polícia Federal, duas cooperativas - Casmil e Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Coopervale) - colocavam água oxigenada e soda cáustica no leite que era vendido a outras empresas e aos consumidores. Assim, a cada 100 mil litros de leite, a cooperativa ganhava 10 mil litros.

Segundo um funcionário que trabalhou por 20 anos na cooperativa, a mistura consistia na adição de soda, açúcar, água oxigenada e várias outras substâncias, com o objetivo de fraudar o leite sem deixar vestígios.

A prática já ocorria há um ano, e só foi trazida à tona por que um ex cooperado resolveu denunciar. Há acusações de que fiscais do Serviço de Inspeção Federal (SIF), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, faziam vista grossa. Isso nos faz pensar que devemos tomar todos os cuidados e estar atentos ao que compramos e consumimos. Não dá para pegar nada da prateleira de olhos fechados, confiando plenamente no rigor da fiscalização da vigilância sanitária e saúde pública.

De acordo com o responsável pelo Centro de Intoxicações da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Belo, as reações ao consumo do leite adulterado são as seguintes:
"Em concentrações pequenas, você pode ter, às vezes, uma sensação de formigamento na boca. Se a pessoa tiver história de gastrite, pode ter um aparecimento de sintomas e provavelmente o que pode acontecer com mais frequência é uma diarréia posterior".

Apesar de 18 marcas terem sido identificadas pelo Procon de Goiás como adulteradas, apenas os lotes fraudados das empresas Parmalat, Calu e Centenário serão retirados do mercado.

Dentre outras marcas reprovadas pelo Procon estão: Escolha Econômica, Manacá, Marajoara, São Gabriel e Dália.

Fazer economia nem sempre é tão simples quanto comprar o produto mais barato. Muitas vezes economizamos de um lado para gastar muito mais em outro derivado da suposta economia inicial. Pagar mais por um alimento de qualidade é economizar em remédios e consultas médicas.

Links utéis
http://www.procon.go.gov.br/noticias/2007/leite_uht.pdf
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL161409-5598,00-DEPOIMENTOS+REVELAM+COMO+FUNCIONAVA+FRAUDE+DO+LEITE.html

leite orgânico
http://www.natadaserra.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O conteúdo aqui publicado é de caráter educacional e preventivo.

Para diagnósticos e receitas procure um médico.