Algumas pessoas já estão familiarizadas com os termos "casher", "kosher", "cashrut".
Casher (em hebraico) e kosher (em yidish, dialeto judaico) querem dizer a mesma coisa: um produto apto, apropriado ao consumo, isto é, que preenche todos os requisitos da dieta judaica.
Cashrut é o conjunto destas leis outorgadas por D'us ao povo judeu através do recebimento da Torá, no Monte Sinai.
Cashrut pertence à categoria das mitsvot, às quais nenhuma explicação racional é dada na Torá. Ela descreve os tipos de alimentos que a lei da Torá declara adequados à ingestão, assim como a maneira pela qual devem ser preparados.
Para os judeus, o lar é como um "pequeno Santuário", um local de morada da Presença Divina; e a mesa de refeições é comparada ao altar do Templo Sagrado. O maior cuidado deveria ser tomado para que somente o que estivesse de acordo com a lei judaica fosse ofertado sobre o altar do Templo. O mesmo cuidado deve ser tomado para que somente o absolutamente correto seja trazido à mesa - o altar em miniatura.
O alimento ao ser ingerido e processado é absorvido pelo corpo e passa a fazer parte da corrente sanguínea, afetando diretamente todos os aspectos do ser. Segundo os judeus, D'us através da Torá forneceu dicas de como refinar a alma e o corpo através da utilização da matéria e energia.
Nenhuma razão é fornecida na Torá para explicar, por exemplo, por que um animal que rumina e tem cascos fendidos é casher, enquanto um animal que apresenta apenas um destes sinais não o é. Não há nenhuma lógica aparente para fazer uma distinção entre um tipo de animal, ave ou peixe, e outro. Mas se sabe que eles exercem uma influência no corpo e na alma a partir do momento que passa a circular pelas veias do corpo judeu.
A carne e o leite não são proibidos, mas é proibido o seu consumo simultâneo. Os períodos prescritos entre comer alimentos de carne e derivados de leite são respeitados. Não se deve comer sangue de animais.
Lentilhas e óleo de oliva são citados na Bíblia e tem lugar de destaque na mesa judia. Assim como as frutas, especialmente tâmara, maçã e romã.
A romã, devido a suas inúmeras sementes, é o símbolo da fertilidade e da abundância. A uva merece menção especial, pois dela se extrai o vinho, presente em todas as rezas. Consumiam-se uvas frescas, secas ou em forma de bebida. As uvas secas ou passas servem como ingrediente para bolos e doces desde o segundo milênio.
Além da qualidade do alimento existem também restrições à determinadas marcas. Sem aparente justificativa, há quem entenda que seja uma forma da comunidade judaica se fortalecer consumindo apenas produtos produzidos por outros judeus, esta possibilidade não é comprovada, mas também ainda não descartada, já que faz parte da cultura judia a solidarização entre os seus.
Existem diversos produtos no mercado com selo casher, o que facilita a adoção de tal dieta.
Links úteis
http://www.chabad.org.br/mitsvot/cashrut/intro/intro01.html
http://hehaver.blogspot.com/2004/11/alimentao-dos-judeus-alimentao-kashrut.html
lista de alimentos industrializados permitidos pelo Casher
http://www.kolelrio.com.br/kashrut.htm
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Cashrut, a dieta judaica
Postado por Unknown às 14:07
Marcadores: filosofias nutricionais
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O conteúdo aqui publicado é de caráter educacional e preventivo.
Para diagnósticos e receitas procure um médico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário