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O acarajé, além de ser uma iguaria da culinária baiana, tem sua origem nos terreiros de candomblé. O bolinho de feijão apimentado é uma oferenda à Iansã, e só os filhos de santo podem preparar o alimento sagrado.
A versão recheada com vatapá, caruru, camarão e salada, é exclusiva das baianas; e o ofício das baianas do acarajé, foi tombado pelo IPHAN, desde 2004, como patrimônio imaterial do Brasil.
Na África, a iguaria se restringe ao bolinho de feijão ofertado ao orixá em rituais e chama-se akara, jé significa comer em Iorubá. No Brasil, juntamos tudo na palavra e nas culturas e criamos o acarajé.
Ocorre que com a propagação do cristianismo evangélico (denominados "crentes"), muitos novos baianos mudaram de religião, mas sem abandonar a lida com o acarajé. Como essa é uma comida "de santo", resolveram rebatizar com o nome de bolinho de Jesus.
Tal atitude resultou em enorme polêmica, e as baianas do acarajé querem impedir que pessoas de outras religiões venham a se apropriar de uma cultura gastronômica que é delas.
Para quem deseja degustar o legítimo acarajé, vai encontrar somente nos tabuleiros das baianas.
Simplesmente absurdo mudar o nome da iguaria. Tudo bem se eles se converteram, mas o acarajé não! Ele continua tendo ligação intima com o candomblé.
ResponderExcluirAbsurda e preconceituosa atitude, desmedida e sem razão... fico muito triste em ver essa falta de noção absoluta... uma atitude inclusive indigna de seguidores de um homem que só fez foi exemplificar de todas as maneiras o amor ao próximo, Jesus jamais agiria de forma preconceituosa ou discriminatória...
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