Até o último domingo, dia 05 de Outubro, Bruno Brasil só tinha se aventurado na cozinha para fazer molhos, pastas e tapiocas. Nada de muito complicado.
Até que um dia resolveu se arriscar a fazer um prato mais complicado. Gente, frango com quiabo dá um trabalhão! E olha que ele convidou os sogros para o grande evento de sua estréia na cozinha em prato principal.
Um quilo de quiabo para 500g de frango. Ele escolheu coxa e sobre coxa por ser a preferência da família.
O quiabo bem lavado, seco e picado deve ficar de molho em suco de limão por todo tempo que você levar limpando bem o frango. Mesmo esses cortes já prontos devem ser limpos para tirar bem a pele e a gordura.
Esfregue bem um limão inteiro no frango, isso vai tirar o ranso. Tempere apenas com sal e limão e volte a cuidar do quiabo.
Coloque o quiabo já picado num escorredor e lave bem até sair o grosso da baba. Deixe escorrer. Escorre muita baba, não vai parar. Quando achar por bem coloque num pano seco e seque bem. Vai precisar de dois a três panos.
Esquente bem uma panela de barro ou pedra sabão e refogue o quiabo num fio de azeite de oliva extra virgem. Faça o refogado aos poucos e seque bem até que saia toda a baba, reserve. Na mesma panela refogue a cebola e reserve em outro recipiente. Ainda na mesma panela doure bem o frango, faça isso de duas em duas peças para evitar que junte água e começa a cozinhar antes da hora.
Junte tudo e adicione uma latinha de cerveja preta da sua preferência, complete com água até cobrir os frangos, baixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por 20 minutos. Está pronto, sirva com arroz integral ou polenta do tipo angu. Pela foto vocês devem imaginar a delícia que ficou. Até eu, que não sou muito fã de quiabo, AMEI!
Para completar esse post tomo a colaboração da amiga e também jornalista Inês Garçoni, que escreveu o divertido e informativo texto sobre quiabo que transcrevo abaixo:
As pessoas dizem 'escorreguei no quiabo' como se fosse algo ruim, uma mancada. Dizem que quiabo rima com diabo, que quiabo baba, solta uma 'gosma nojenta'. Na hora de comprar quiabo, quebram os rabinhos sem dó nem piedade. E nem é preciso quebrar o rabo para saber se o quiabo presta, é só apertar (com cuidado!), se estiver firme e bem verdinho, sem manchas, pode levar. Mas as pessoas quebram o rabo do quiabo e ainda dizem 'que horror, está fibroso'. Palavra horrível, fibroso. Só que ninguém nunca morreu porque comeu um quiabo fibroso!
O quiabo precisa ser reabilitado, ele tem personalidade: só cresce no calor, no verão, e por isso se deu bem no Brasil, quando chegou da África com os escravos. Ou seja, o quiabo é caliente, gosta dos brasileiros, gosta de samba, cachaça, futebol. Além disso, é generoso, discreto, é um excelente acompanhamento. E a baba sai com facilidade, por favor. É só enxugar bem o quiabo antes de picar.
Oi Brunilda! Você esqueceu de dizer que, na ocasião, decidimos fazer um acompanhamento diferente. Na comida mineira tradicional, o frango com quiabo é acompanhado de polenta cozida (ou angu). Mas nós comemos o ensopado com arroz, o que acabou sendo uma ótima pedida!
ResponderExcluirAqui fala a sogra do Bruno Brasil
ResponderExcluirque teve o privilégio de degustar
esta iguaria.
Valeu!Estava muito bom,o almoço foi
uma delícia!
Obrigada