quinta-feira, 21 de maio de 2009

Comer com prazer emagrece

Quando comemos com prazer, ficamos satisfeitos mais rapidamente. A culpa induz ansiedade e consequentemente uma ingestão exagerada do que gostamos de comer.

Algumas pessoas vivem em ciclos de entusiasmo e depressão em relação à comida. Por considerarem muito difícil controlar a alimentação apelam aos medicamentos para conseguirem a redução de peso esperada. Mas isso pode ser um perigoso engano.

Não existem remédios para redução de peso sem graves efeitos colaterais. Podem variar de acordo com o tipo do remédio. A Associação Brasileira de Estudos da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) nos explica o que ocorre:

Há os que reduzem a absorção da gordura ingerida (em 30%). Não é absorvido, portanto não tem efeitos em sistema nervoso central. Seus efeitos adversos estão relacionados ao aparelho digestivo e são proporcionais à ingestão de gorduras. Quanto maior for essa ingestão, maiores serão os efeitos colaterais como diarreia, gases, eliminação de gotas de gordura, distensão abdominal. A redução de peso é variável (de um a 4 kg ao mês). Não preciso dizer que esse violento processo pode causar danos irreversíveis ao aparelho digestivo além de todos os danos psicológicos.

Outro tipo de medicamento é o que age no sistema nervoso central aumentando a sensação de saciedade e diminuindo a fome (a pessoa come menos e fica com apetite menor). Nesse caso os efeitos colaterais mais comuns são: boca seca, irritabilidade, obstipação, ansiedade, insônia e as vezes dores de cabeça. Em alguns casos pode haver aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Para o seu uso o paciente deve estar com a pressão arterial e a função cardíaca controladas. Pressão e coração são uma caixinha de surpresa, pode estar controlada até o momento de tomar o remédio, acontecer qualquer imprevisto que gere estresse e tudo pode se descontrolar e daí você acabou de tomar uma química que pode piorar o seu estado chegando às últimas consequências.

Existe um outro tipo de remédio ainda que além do sistema nervoso, age sobre todo o aparelho digestivo. Os efeitos colaterais são depressão, ansiedade, diarreia, náuseas e vômitos.

Em nenhum dos casos citados pela ABESO encontramos uma opção de tratamento sem traumas e de resultado permanente. A obesidade é uma doença grave que deve ser tratada com acompanhamento médico adequado e combinado entre diversos profissionais como nutricionistas, endocrinologistas, psicólogos, cardiologistas,etc. Enfim, é algo sério a que se deve dar atenção. Mas cuidado com alguns médico que vão logo de cara receitando medicamentos que podem apresentar resultados radicais, mas podem também arruinar a sua vida de outras formas.

O prazer, o equilíbrio e o bom senso são fortes aliados nessa difícil batalha. Com medo e culpa nenhum tratamento vai gerar o resultado esperado. Seja feliz e emagreça.

A ABESO possui uma revista interessante que pode ser acessada em seu site http://www.abeso.org.br/

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