quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Compre peixe inteiro, ele poderá vir premiado

Não costumo escrever posts de narrativa pessoal, mas o acontecimento de ontem merece ser compartilhado com vocês.

Imaginem que meu marido tomou gosto pela arte de limpar peixe. Isso começou quando atraída pelo preço baixo eu resolvi levar algumas sardinhas norueguesas inteiras pra casa. Não sabia como fazer para limpá-las. Mas o corajoso do meu marido, lembrou que via seu avô, em Itajaí/SC limpando peixes e que a tarefa não devia ser tão difícil assim. Bom, ele limpou direitinho, eu temperei e grelhei. Pelo sucesso ele se achou o máximo, pedindo que eu repetisse a compra.

Fiz isso ontem. Pretendia comer sardinhas grelhadas com batatas cozidas, um prato bem portugês muito comum nas mesas cariocas. Pode-se dizer que a culinária carioca é das que sofreu mais influência da colonização portuguesa, devido ao estabelecimento da corte na cidade do Rio de Janeiro.

Mas quando ele abriu a segunda sardinha, qual não foi sua surpresa, estava cheia de ovas (tipo caviar). Eram quatro sardinhas e três vieram premiadas. Nunca tinha tido essa experiência, tive medo de ser resultado de pesca predatória. Ligamos para o meu sogro que também é catarinense, e ele me tranquilizou:

-Ovas postas são gurjões, caviar são ovas ainda dentro do peixe. São raras de achar, por isso são iguarias finas. É como matar uma galinha e descobrir que o ovo ainda estava dentro dela.

Bom, com a consciência limpa, o Bruno deu uma leve refogada em azeite extra virgem e comemos felizes esse presente da natureza. Com o jantar pronto e a mesa posta veio o apagão.

Jantar à luz de velas, romantismo e iguarias finas de improviso.

Aprendendo a limpar o peixe




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