quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Xô depressão! Comer é a maior felicidade...

Tomar banho de sol e mar
é felicidade pura! Para isso não
esqueça de fazer uma alimentação
leve nem de colocar o filtro solar

Quando se fala em depressão e comida a imagem que vem à cabeça é sempre a de uma pessoa chorando agarrada a uma caixa de chocolates, ou de alguém que, com insônia, ataca a geladeira e fica devorando de tudo em frente a TV.

Essas não são as melhores formas de usar os alimentos no combate à depressão. Os alimentos não podem curar este mal, mas a influência de alguns nutrientes na química cerebral, está bastante estudada e com provas dadas. Alguns alimentos promovem uma sensação de bem-estar, ao passo que outros podem nos deixar pra baixo e afastar as emoções positivas.

Muitas pessoas sofrem de depressão sem uma causa que possa ser identificada. Este estado pode oscilar entre o sentir-se um pouco pra baixo, ao estar sempre infeliz e, em casos mais graves, à incapacidade de encontrar qualquer razão para viver. Este é o caso patológico de depressão que pode e normalmente tem fundamento em alterações químicas do organismo.

Tudo que sentimos e que pensamos resulta de impulsos nervosos no cérebro, impulsos esses que ocorrem através de substâncias, conhecidas como neurotransmissores. A serotonina é um neurotransmissor e a sua deficiência tem sido há muito associada à depressão e à ansiedade.

Muitos dos antidepressivos permitem que a serotonina fique disponível e produza, assim, uma sensação de bem-estar. O problema é que a pessoa desenvolve dependência da substância facilmente conseguida através do medicamento no lugar de buscá-la em outras fontes não tão cômodas como se alimentar bem, tomar banho de sol, usufruir da companhia dos amigos entre outras terapias.

Os alimentos não curam sozinhos, mas fazem parte do tratamento e principalmente da prevenção. É possível elevar o nível de serotonina através de uma dieta adequada.

Assim, há que garantir que a alimentação forneça suficiente triptofano e vitamina B6 que são as substâncias que irão se transformar em serotonina no sangue. O triptofano (aminoácido) existe nos alimentos ricos em proteínas como o peru, a perdiz e o requeijão (estes 3 são fontes particularmente ricas) mas também na carne magra em geral, no peixe, nos ovos, lacticínios magros e leguminosas.

Para se certificar que está ingerindo a quantidade adequada de vitamina B6, tenha em conta que certos alimentos a contêm em maior quantidade, como as carnes, peixe, ovos e o fígado (este último não recomendo. O fígado concentra todas as toxinas do corpo do animal) e, em quantidades ainda razoáveis nos cereais integrais, amendoins, batatas, couve lombarda, ervilhas e bananas.

O nível de açúcar no sangue (glicemia) é mais um dos factores da depressão patológica. Um fornecimento de açúcar (glicose) ao cérebro, de forma estável, constante e sem grandes oscilações, ajuda a fazer subir os níveis de serotonina durante um certo período de tempo.

Ao contrario do que pensa a maioria, a forma mais eficaz de se manter os níveis de açúcar constantes no sangue é evitar a ingestão de açúcares refinados, e aumentar os hidratos de carbono complexos, que libertam lentamente o açúcar na corrente sanguínea. Então, nada de balas e doces para subir o nível de glicose.

Os hidratos de carbono complexos são os cereais integrais encontrados na forma de grão como o arroz, o milho, etc., ou transformados em pão, massas, papas de aveia, cereais prontos a consumir, leguminosas e frutas.

Frequentemente sinais de deficiência zinco aparecem no diagnóstico de pessoas deprimidas e ansiosas. Encontramos o zinco nas ostras, marisco em geral, carnes magras, frutos secos, aveia, pão e outros cereais integrais.

Existe também uma correlação entre algumas vitaminas do complexo B e a depressão. Em especial, as vitaminas B12 e ácido fólico têm um papel importante na transmissão de certos impulsos nervosos.

A vitamina B12 pode ser encontrada, no seu estado natural, apenas em alimentos de origem animal: carne, peixe, ovos, leite e derivados. O ácido fólico encontra-se nos legumes de folha verde escura (espinafres, brócolos, couves, etc.), frutos secos e leguminosas.

O Ómega-3 é considerado um remédio natural para tratar a depressão e, em diversos estudos, esse efeito positivo tem sido demonstrado. Os ómega-3 (encontrados nos óleos de peixe, nas sementes de linhaça e nas nozes, entre outros) são necessários para funções normais do sistema nervoso. Um consumo adequado faz com que a membrana celular que reveste os neurónios tenha fluidez, evitando o seu endurecimento.

Resumindo, procure um médico para saber qual a deficiência química do seu organismo, podem ser elas:

Falta de vitaminas do complexo B (principalmente B6, B12 e ácido fólico)
Falta de Zinco
Falta de ômega 3
desequilíbrio glicemico

Definido o que está em falta, faça uma dieta em busca do reequilíbrio .

Alimentos depressivos

Açúcar refinado, doces, bolos, bolachas e bebidas doces (refrigerantes, licores, xaropes, etc.). Estes alimentos provocam uma “explosão” curta e penetrante de açúcar no sangue e no cérebro, e uma subida rápida mas pouco duradoura de serotonina. Esta subida é seguida por uma quebra igualmente rápida, que provoca uma ânsia por mais açúcar. O mesmo se aplica ao consumo de outros alimentos hipercalóricos como os alimentos fritos e gordos, a manteiga, margarina, queijos gordos, molhos, etc. A dificuldade de digestão provoca tristeza e desanimo.

Alimentos da felicidade

cereais integrais, nozes, azeite extra-virgem, carnes magras, leguminosas verde-escuras e frutas(principalmente banana). Um bom banho de sol após a primeira refeição do dia ajuda a ativar determinadas vitaminas dando maior disposição e alegria para o resto do dia.

Links úteis
http://www.medicinacomplementar.com.br/bibliotecadenutrientes.asp
http://www.florbelamendes.net/index.jsp?section=nutricao_geral&subsection=nutricao_clinica&article_id=170

2 comentários:

  1. Vi esse mesmo texto em outro site...

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  2. Oi Liliane, você me dar o link? Alguns leitores me pedem para reproduzir os textos do gororobas, mas sempre peço para colocarem uma referência a origem do texto. Gostaria de saber se há uma reprodução indevida. Agradeço desde já o toque.

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O conteúdo aqui publicado é de caráter educacional e preventivo.

Para diagnósticos e receitas procure um médico.