quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Moyashi - o broto de feijão - e a alimentação no Zen Budismo

Salada de Moyashi com pepino e tomates em cubos
e cenoura ralada, temperada com azeite extra
virgem, orégano e sal

Desde tempos imemoriais o moyashi está presente na gastronomia da Indonésia, Birmânia e China. Só chegou ao Japão no início do século XVIII, pelas mãos de monges zen-budistas.
Hoje, a espécie de feijão moyashi é a mais utilizada para produção de brotos no Brasil.

Segundo a revista de tecnologia e treinamento os brotos são produzidos em pouco tempo, em média uma semana ou menos e, em qualquer época do ano, sem a necessidade de solo, de fertilizantes, de agrotóxicos e de luz solar direta.

Só é necessário semente, recipiente que permita drenagem da água e outros recipientes e produtos fáceis de encontrar no comércio. Por isso, os brotos podem ser produzidos até dentro de apartamento.

Os brotos são fonte rica em enzimas, minerais, vitaminas, proteínas e têm baixa caloria. Descobriu-se recentemente que os brotos de brócolis contêm de 10 a 100 vezes mais um indutor de enzimas (“sulforaphane”) que combate o câncer, do que o brócolis já completamente desenvolvido.

Como o moyashi caiu nas graças dos monges Zen que o levaram para o Japão, cabe aqui esclarecer um pouco do significado da alimentação para os Zen-Budistas.

Se o Sodô (templo de meditação) é essencial para a vida monástica, a cozinha está no mesmo nível de importância, tanto que é considerada também um templo, assim como a sala de banho, os sanitários e o Hattô (o Templo do Buda). No Templo da Meditação alimenta-se a mente, no Templo da Cozinha alimenta-se o corpo. Para os budistas não existe mente sem corpo nem corpo sem mente. Nada está separado.

O respeito com o alimento fornecido pela natureza é expresso pelos sutras de agradecimento antes (Quando comemos e bebemos / Rezamos juntos com todos os seres / Comer é a alegria do zen / E ficamos cheios da felicidade do Dharma) e depois da refeição (Comida pura já comemos / E rezamos juntos com todos os seres/ Para ficarmos cheios de virtudes/ E realizarmos os dez tipos de forças). Ao final, nem um grão de comida deve sobrar nas tigelas. O zen abomina o desperdício.

Os brotos contém uma energia vital concentrada e normalmente são comidos crus ou quase crus, são muito usados também pelos adeptos da cultura do alimento vivo. São deliciosos e fazem muito bem à saúde. Vale à pena conferir.

Links utéis
http://www.saudeplena.com.br/noticias/index_html?opcao=06-1308-01
http://budismosimples.kit.net/mosteiro.htm
http://www.tecnologiaetreinamento.com.br/sessao.php?go=materiastecnicas&mat=0317

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