terça-feira, 13 de novembro de 2007

O que é ser Vegan?

Não é minha intenção aqui defender esta ou aquela filosofia alimentícia ou religiosa, mas como são muitas, é natural que quem busque uma alimentação saudável venha em algum momento se deparar com alguma delas. Por isso, para facilitar a escolha de quem pretende se disciplinar por alguma filosofia, postarei nos próximos dias algumas informações sobre as filosofias mais usuais.
Começaremos pelo veganismo.

A palavra vegan é uma variação de vegetarian, ambas em inglês, foi usada pela primeira vez por uma sociedade vegetariana britânica por volta de 1940. O termo vegan começou a ser conhecido no Brasil através de sua pronúncia estrangeira vígan, mas para que usarmos de estrangeirismos não é mesmo?

O veganismo é uma filosofia de vida que estabelece uma conduta prática para excluir do consumo do ser humano qualquer produto ou alimento que tenha origem animal ou utilize animais em testes durante sua fabricação.

Um dos principais fundamentos que tem levado vários indivíduos adotarem o veganismo tem sido de ordem ética. Entretanto, há várias outras questões que complementam e justificam o veganismo, como questões metafísicas, morais, científicas (relativas à saúde), filosóficas, ecológicas, econômicas etc. Pode ser praticado por qualquer pessoa, independente de idade, sexo, etnia, religião, ideologia etc.

Os veganos(as) são contrários a tudo que promova a exploração animal e isso vai muito além da alimentação.

Eles não usam couro animal, seda, lã, penas e ornamentos com ossos, marfim etc.
Não comem carnes, peixes, ovos, nem consomem leite e seus derivados, mel e outros alimentos de origem animal ou que contenham substâncias de origem animal.
Não usam produtos cosméticos, sabonetes, pastas de dente, perfumes ou qualquer outro produto que tenha sido testado em animais ou que contenha substâncias de origem animal.
Não usam cortinas, tapetes, almofadas, cobertores, travesseiros, escovas, pincéis, vassouras ou qualquer outro objeto que contribua para a exploração dos animais.
Só fazem fotografias com máquinas digitais, e não freqüentam circos com animais, rodeios, zoológicos, farras do boi, rinhas de cães e galos, caças, pescas ou qualquer outra atividade considerada como lazer que contribua para a exploração dos animais.
Em relação aos medicamentos, não podem usar remédios, vacinas ou qualquer outro medicamento que tenha sido testado em animais ou que contenha substâncias de origem animal. Essa lista mostra a inviabilidade de alguém ser 100% vegano(a) na sociedade moderna.

Mesmo os veganos entendem que há muitas situações nas quais a militância deve se submeter às questões de sobrevivência, como no caso de alguém que depende de um remédio para viver, ou se a pessoa se encontra em local que não haja alternativa de alimentação e precise se render para não morrer de fome. A proposta não é o radicalismo e sim a consciência. Isso implica em fazer a escolha não por caprichos ou simples prazer pessoal e sim escolhas éticas e coerentes com o contexto em que se encontra.

Essa flexibilidade abre para diversos tipos de vegetarianismo, falaremos mais deles no artigo seguinte.

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Para diagnósticos e receitas procure um médico.