Como estamos na semana comemorativa da chegada da família real ao Brasil, vamos descobrir um pouco dos hábitos alimentares da realeza.
Enquanto Dom João VI devorava três frangos inteiros e cinco mangas de sobremesa por refeição, Carlota Joaquina abusava da água ardente. Ela tomava cachaça misturada com sucos de frutas frescas, pois sofria demais com o calor brasileiro. Foi a criadora da caipirinha, a mistura de sal com amoníaco gelava a bebida.
Para quem já vai julgando a princesa de pinguça, há uma explicação para o alto consumo do álcool na cozinha do palácio de Carlota, as mulheres comiam muito doce nesta época, e a cachaça era usada para conservar compotas de frutas.
O filho do casal, dom Pedro I, não dispensava um bom prato de arroz com feijão. Preferia fazer as refeições na cozinha a comer na sala de jantar. Tem um lado bem humano, de estar com as pessoas do povo.
Princesa Isabel, filha de dom Pedro II, adorava os doces portugueses e sempre tomava chá com pão-de-ló. Outra de suas preferências era o sorvete. Nas sobremesas das refeições reais sempre tinha dois tipos de doces e um gelado.
Já seus pais, sentavam-se à mesa com pelo menos quatro pratos, dois de carne e dois de peixe, preparados com amêndoas, nozes e muito creme. Receitas tradicionais na Europa.
Como a manga, outras iguarias brasileiras caíram no gosto da realeza como, goiaba, mandioca e tapioca.
Esses dados foram levantados pela pesquisadora Ana Roldão, após abrir um bistrô no museu de Petrópolis, no qual é possível saborear receitas do livro do cozinheiro imperial.
Caipirinha de Carlota
dois limões
uma dose e meia de cachaça
açúcar
uma pitada de sal de amoníaco (sugiro a moderna
substituição por gelo picado)
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Corte as extremidades do limão, parta em quatro e
retire a película branca que divide os gomos,
coloque no copo e junte a cachaça e o açúcar à gosto.
Use um pilão para extrair o sumo do limão e misturar
os ingredientes, derrame a mistura numa coqueteleira
com o gelo picado ou o amoníaco salgado, agite bem e
devolva ao copo.
Aprecie com moderação.
Carlota consumia duas garrafas de cachaça por dia, mas ela não era nada saudável.
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